No final das contas, o que faz a diferença para qualquer empresa é sempre gerar a melhor experiência para o cliente. Seja nos canais de contato, na utilização do produto/serviço, no pós-venda ou na própria divulgação da marca.
Pensando nisso, o conceito de UX ou user experience vem se tornando cada vez mais consolidado dentro do marketing. Esse termo foi criado pelo cofundador do Nielsen Group, Don Norman, enquanto ele ainda trabalhava na Apple.
No geral, consiste em um conjunto de técnicas para oferecer a melhor experiência ao usuário (consumidor) desde o primeiro contato com a marca até o pós-venda.
Nesse texto, vamos explicar com mais detalhes o significado de user experience (UX)
e mostrar formas de aplicá-lo no seu marketing digital, em especial para criar sites mais vendedores. Vamos nessa?!
O que significa UX, afinal?
Como o próprio nome diz, user experience significa experiência do usuário. Desta forma, técnicas de UX têm como foco as várias formas com as quais os seus clientes (ou potenciais clientes) interagem com a sua marca e seus produtos ou serviços. Tanto on-line quanto off-line.
O objetivo aqui é oferecer a melhor experiência em todas as fases da jornada de compra do consumidor: enquanto ele navega no seu site, quando entra em contato com com a sua empresa, ao usar o seu produto ou serviço, no relacionamento pós-venda.
Por exemplo: quando um potencial cliente entra no seu site, ele espera encontrar as principais informações sobre a sua empresa com facilidade e que as páginas carreguem rápido. Assim como espera não ter dificuldades para usar seu produto ou recorrer ao seu serviço. Caso haja algum problema e o cliente precise entrar em contato, ele também espera por um atendimento rápido, atencioso e eficaz.
Tudo isso é UX! Como você pode ver, trata-se de um conceito amplo. Nesse texto, nosso foco será falar sobre técnicas que ajudem a melhorar a experiência do usuário em sites, landing pages e e-commerces.
Quais profissionais são responsáveis pelo UX?
Quando falamos de criação de sites, oferecer a melhor experiência para o usuário envolve o trabalho conjunto de designers, redatores e programadores. De forma que temos três áreas importantes para UX:
- UX design: formas de estruturar o conteúdo e torná-lo chamativo, facilitando a navegação, tornando as informações mais claras e estimulando a ação do usuário. Ex.: qual cor e formato de botão usar? Como organizar os textos e imagens na página? De que forma destacar as partes mais importantes usando elementos visuais? Quais banners ou conteúdos colocar no topo do site?
- UX writing: estruturação dos textos que entrarão no site, de uma forma que a mensagem seja completa, acessível e de fácil entendimento para o consumidor. Ex.: qual linguagem utilizar? Que partes do texto podem ser divididas em bullets? Como distribuir os textos ao longo do site? Quais argumentos e gatilhos mentais usar? Quais textos devem entrar em destaque (no início da página)?
- UI (user interface): apesar de não estar dentro da área de UX, a user interface (UI) também influencia na experiência do usuário dentro do site. Ela consiste em um conjunto de técnicas para tornar a interface (o que aparece na tela do consumidor) amigável. Além das técnicas de design e texto que citamos, engloba questões de desenvolvimento: inserção de links nos pontos corretos; códigos bem estruturados; velocidade de carregamento das páginas; responsividade.
Pilares do UX
Alguns dos maiores pilares quando falamos de user experience são:
- facilidade: não faça seu cliente pensar muito! É importante que a informação seja clara, direta e de fácil absorção;
- utilidade: o conteúdo do seu site deve conseguir sanar as necessidades e anseios específicos do seu target, trazendo soluções e informações relevantes;
- acessibilidade: torne as principais informações dentro do site mais fáceis de achar e de acessar;
- disponibilidade: use técnicas de SEO para deixar seu site mais fácil de encontrar no Google. E torne sua página disponível tanto no mobile quanto no desktop;
- agilidade: garanta que o cliente tenha a informação o mais rápido possível, sem precisar ficar esperando pelo carregamento da página, por exemplo;
- apelo visual: apesar de muitos não acharem, usar elementos visuais atrativos ajuda a trazer uma sensação mais agradável ao usuário durante a navegação, além de gerar maior credibilidade.
8 dicas de UX para você tornar seu site mais eficaz
1 – Entenda a jornada de compra e o comportamento do consumidor
Para oferecer a melhor experiência ao seu consumidor, você deve saber quem ele é e o que ele procura no seu site.
Por exemplo: ele busca informações detalhadas sobre sua empresa antes de decidir ou é do tipo que já entra para fazer uma compra? Quão bem informado ele está sobre seu produto ou serviço? Seria melhor explorar uma abordagem mais racional ou emocional?
Por isso, é importante que seu site esteja inserido em meio a uma estratégia de inbound marketing e SEO, de forma que você tenha mais controle sobre o tipo de pessoa que acessa cada página do seu site e possa criar uma experiência de acordo com as necessidades de cada uma delas.
2 – Utilize a escaneabilidade
O conceito de escaneabilidade é simples: basta dividir seu conteúdo em parágrafos, títulos e subtítulos (H1, H2, H3, H4 etc.) para que o visitante consiga “escanear” todo esse conteúdo com um olhar rápido. Isso evita aqueles blocos gigantescos de textos que desestimulam o usuário a querer ler.
Além de facilitar a leitura e deixar o texto menos maçante e mais fluido, essa estratégia é levada em conta pelos algoritmos do Google na hora de classificar sua página como uma que mereça ficar no topo dos resultados de busca ou não.
3 – Saiba trabalhar os calls-to-action
Os botões, que funcionam como calls-to-action do site, são fundamentais para gerar conversões. Afinal, será ao clicar em um botão que o usuário irá acessar a página de contatos, enviar suas informações (virar um lead), efetuar uma compra, contratar um serviço etc.
Desta forma, é essencial que eles sejam evidentes, destaquem-se e estimulem a ação. Assim:
- use cores chamativas, que façam o botão se destacar e “chamar” o clique. Verde, vermelho e azul escuro são ótimas opções para esse fim;
- dê ao botão um formato característico, que se repita durante todo o site, para que o usuário sempre saiba que se trata de um elemento clicável;
- para o texto do botão, use frases curtas e claras, com algum verbo que estimule a ação e, se possível, dê uma ideia de urgência (“Comprar”, “Aproveitar agora”, “Entrar em contato”, “Enviar”, “Contratar agora” etc.).
Além disso, é importante colocar botões de conversão, ou para a página de contato, em todas as partes do site, desde o início até o final.
Muitos dos visitantes do seu site podem já conhecer sua empresa e acessar o site com a intenção de comprar um produto ou serviço, de forma que não faz sentido obrigá-los a passar por todos os textos falando sobre o seu negócio antes de dar a opção de ação, lá no final da página.
4 – Invista em bullets e ícones
Como falamos na questão da escaneabilidade, dividir melhor os seus textos, em vez de deixá-los em um único bloco grande e maçante é uma boa forma de estimular os usuários a lerem.
Uma outra técnica que pode te ajudar nessa tarefa é a de usar bullets ou tópicos, dividindo seus textos em várias frases curtas.
Para deixar esses bullets ou tópicos ainda mais chamativos, você também pode colocar um ícone antes de cada um desses tópicos.
5 – Torne seu site responsivo
Uma pesquisa da TIC Domicílios em 2019 mostrou que 58% dos brasileiros na época já acessavam a internet exclusivamente pelo celular. A expectativa é que esses números sigam aumentando daqui para frente, de forma que o mobile já deixou de ser tendência: é uma realidade.
Assim, se seu site não foi criado para ser exibido da mesma forma e com a mesma velocidade, tanto no mobile quanto no desktop, sua empresa pode ficar para trás!
O ideal é criar uma versão do site para cada tela: mobile e computador. E sempre testar como ele está sendo exibido em cada uma delas para que o usuário tenha sempre a melhor experiência.
6 – Garanta que sua página carregue rápido
Segundo uma pesquisa da Portent, o tempo de carregamento que um usuário espera em um e-commerce costuma ser de até 2 segundos. Cada segundo que passa além disso diminui as chances de conversão em 4,42%.
Além de desestimular o potencial comprador, a demora na exibição do site e das páginas internas também prejudica o posicionamento nos resultados de busca do Google, uma vez que a velocidade de carregamento é um dos critérios usados pelos algoritmos da ferramenta de buscas para ranquear as páginas.
Para evitar esse problema, contrate bons programadores e não coloque muitos elementos pesados, mesmo que eles possam parecer chamativos visualmente. Também recomendamos sempre usar o PageSpeed Insights, que avalia a velocidade do site em todos os dispositivos.
7 – Disponibilize o login social
Uma pesquisa do WebHostingBuzz mostra que 88% dos usuários esperam poder logar em um site usando o chamado login social (que é quando você faz o login na página por meio da sua conta do Facebook, Gmail ou Twitter).
Mais uma praticidade que pode tornar seu site mais simpático e simples para os usuários.
8 – Faça o teste A/B
Uma boa forma de avaliar o que funciona com o seu público é fazer o teste A/B, que consiste em criar duas versões do seu site e deixar ambas rodando ao mesmo tempo, cada uma para um grupo de teste.
O ideal é fazer um teste A/B para cada característica do seu site. Por exemplo: um teste mudando apenas o texto, outro mudando as cores do botão de conversão, um outro mudando o título do banner principal…
Desta forma, você terá uma ideia bem mais acertada do tipo de característica que aumentou ou diminuiu o número de conversões dentro da sua página.
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