Todo nerd que se preze já viu e/ou gosta de Star Wars (se você não se inclui nessa, não perca mais tempo, amigo!). Para quem já assistiu, vamos relembrar um pouco e, para quem não, aí vai um breve resumo: na saga, existe a Ordem Jedi, que faz parte do lado luminoso da Força, e os Lordes Sith, que compõem o lado negro da Força. Não é difícil deduzir quem é do bem e quem é do mal nessa história.
Pois bem, o poder dos Sith vem das emoções fortes, porém negativas e, frequentemente, eles tentavam seduzir os Jedi mais vulneráveis, inexperientes e com alguma propensão a atitudes e pensamentos sombrios. Foi exatamente o que aconteceu com Anakin Skywalker, que veio a se tornar o famoso e temido Darth Vader.
Dado esse contexto, você pode me perguntar o que isso pode ter a ver com o blog da Fizzing. Eu explico: no mundo de SEO, nós temos o Black Hat, equivalente ao lado negro da Força, e o White Hat, o lado oposto, além do meio termo, chamado Gray Hat. Eles consistem em técnicas para aumentar o tráfego e o rankeamento do seu site; a grande diferença é que o primeiro é proibido, ao contrário do segundo. A analogia dos Sith versus Jedi é perfeita, pois, para quem está começando seu site do zero, pode ser tentador se render aos artifícios do Black Hat, já que ele, teoricamente, dá resultados rápidos. Entretanto, ele também reserva sérias consequências.
Para que você não caia nessa armadilha, explicamos os perigos do Black Hat, o que é e por que o Gray Hat pode ser uma furada, e como técnicas de White Hat podem lhe ajudar.
O que é Black Hat?
Utilizada comumente na informática, a expressão Black Hat (que, em português, significa chapéu preto) se refere aos métodos que visam atingir um objetivo sem autorização, podendo ser desde a entrada em um sistema protegido até o acesso a informações confidenciais.
O termo Black Hat surgiu da ideia passada em filmes de faroeste (os famosos Bang Bang), clássicos do cinema americano, nos quais os vilões eram identificados através dos seus chapéus pretos.
Black Hat no mundo do SEO
Sabemos que o Google busca oferecer aos usuários os resultados mais confiáveis e condizentes às pesquisas feitas, sempre colocando os sites mais relevantes nas primeiras posições. Também estamos cientes de que a empresa utiliza centenas de variáveis para definir o posicionamento de um site de acordo com as palavras-chave, além de usar os seus robôs (ou Googlebot, mais conhecidos como indexadores) para detectar páginas, verificar seus links e manter as informações atualizadas para indexação.
No contexto de SEO, o Black Hat nada mais é que um agrupamento de técnicas que manipulam as principais variáveis do Google. O grande objetivo é enganar os mecanismos de busca, fazendo com que as páginas de seu interesse se mantenham no topo sem necessariamente tornarem-se uma real referência para o tema proposto ou até entregando conteúdo descontextualizado em relação às palavras-chave buscadas pelos internautas.
Por que não usar o Black Hat
No início, o sucesso instantâneo pode parecer extremamente tentador para usuários inexperientes. Mas o Google afirma categoricamente que consegue identificar a grande maioria dos truques para burlar seus motores de busca através do Googlebot, que analisa as páginas, guarda o conteúdo e mapeia todos os links. Depois, priorizam cada um desses links, segue-os, armazena seu conteúdo, mapeia os links encontrados e por aí vai…
Também é possível denunciar as ações de Black Hat ou sites que podem ser considerados spam através do Search Console. Entretanto, é preciso ter um site cadastrado no Google Webmaster Tools para acessar essa ferramenta.
O Google pode tomar diversas providências para punir os malandrinhos que burlam seus motores de busca. Entre as mais comuns está a perda de rankeamento e de posição do site em questão. A mais drástica é, sem dúvidas, o banimento da página, que acontece com a desindexação (apagamento) do site de seu índice.
Mas como saber se você está usando de técnicas proibidas para garantir uma posição mais privilegiada para o seu site? Não saia daí que vamos te explicar agora!
As principais técnicas do lado negro da Força
Da mesma forma que muitos se utilizam de manobras de Black Hat na malandragem, existem usuários que acabam caindo nessa involuntariamente. Para que você não corra esse risco, vamos explicar as principais técnicas proibidas pelo Google.
Troca de links
Os backlinks (links externos que apontam para o seu site) têm muita importância em SEO, logo, são muito almejados pelos Webmasters. Quando os donos de sites e blogs se deram conta de que um grande número de backlinks aumentaria a importância da sua página perante os mecanismos de busca, surgiu uma tática chamada “troca de links”. Esse método é como aquele famoso “me indica que eu te indico” e consiste num texto na sua página que direciona para o site do Joãozinho e vice-versa, tudo previamente combinado.
É claro que uma troca de links natural é válida e muito bem-vinda, além de ser extremamente saudável para os buscadores e para a internet no geral, já que ajuda a determinar quais sites são autoridades em algum tema ou palavra-chave. Entretanto, quem costuma usar essa tática “ilegalmente” não se preocupa muito em seguir um contexto. Por exemplo, sites de esportes poderiam apontar para sites de maquiagem por meio dessa técnica, mesmo se tratando de dois assuntos que não têm nenhuma relação aparente entre si.
Isso não agrega em nada, apenas tem como objetivo aumentar a quantidade de links apontando para a sua página. Inclusive, existem muitos sites que ainda intermediam essa troca de links com diversos tipos de sites. Vale avisar que, se praticado em larga escala, pode acarretar punições severas por parte do Google.
Comentários Spam/Blog Spam
Essa técnica é especial porque, com toda certeza, grande parte dos leitores se identificarão, principalmente se forem usuários ativos há mais de 10 anos, na época de ascensão do Fotolog e outros sites similares. Naquele tempo, era muito comum fazer comentários nas páginas dos amigos pedindo a retribuição em algumas de suas fotos a fim de aumentar sua popularidade.
Então, percebendo que isso poderia dar certo, algumas pessoas resolveram adotar a técnica para elevar o tráfego de suas páginas. Geralmente, era executada através de programas que espalham links junto a comentários em fóruns e em blogs. Portanto, se você tem um blog, já deve ter visto algum comentário suspeito te parabenizando pela postagem, sempre acompanhado do link da página do autor.
Há alguns anos o Google resolveu modificar completamente o modo como os sites são qualificados no ranking. Ou seja, páginas com conteúdo que não condizem com as pesquisas e com os desejos do usuário são penalizadas com a queda na posição nas buscas.
Palavras-chave descontextualizadas
Essa também já foi muito explorada pelos espertinhos da web. O nome já explica mais ou menos como ela funciona: o dono do site utiliza palavras-chave incoerentes com o verdadeiro conteúdo exposto naquela página.
As preferidas são as de alta relevância e muito buscadas, como conteúdo erótico, nomes de celebridade etc., fazendo com que a página apareça sempre ou quase sempre no topo, transmitindo confiança e induzindo as pessoas a clicarem e serem redirecionadas a um conteúdo indesejado.
Por ter sido exaustivamente utilizada, as páginas não conseguem manter as Unrelated Keywords por muito tempo, pois a técnica é facilmente identificada, além de ser denunciável. Portanto, a penalidade também é bem rápida e pode variar entre a perda de ranking (se tiver muita sorte) e o banimento total, quando feito em larga escala.
Keyword Stuffing
Além das palavras-chave descontextualizadas, há um grande índice de sites e blogs com conteúdos e artigos com excesso de keywords (Keyword Stuffing), tornando o texto extremamente artificial e, em alguns casos, sem lógica para o leitor. O principal objetivo dessa prática é tentar “forçar” o Googlebot a avaliar que determinada página é forte em alguma palavra-chave apenas pela repetição, e não pela qualidade das informações e contextualização das keywords.
A densidade de palavras-chave, ou seja, a proporção delas em relação ao conteúdo não segue uma porcentagem exata, como muitos pensam. Por isso, é preciso pensar na qualidade do seu conteúdo e também na contextualização das palavras-chave foco em relação ao seu texto, levando em consideração o que o usuário quer extrair do seu artigo e como usar isso ao seu favor (continue lendo que você vai entender melhor como fazer isso!).
Hoje em dia, os robôs desconsideram as repetições abusivas, tanto no texto quanto no código-fonte da página e ainda podem punir o site com perda de rankeamento.
Cloacking
Anteriormente, nós falamos sobre os Googlebots, os robôs responsáveis por “varrer” os mecanismos de busca e qualificar os sites no ranking. Pois bem, o principal objetivo do Cloacking é enganar esses robôs, apresentando-lhes um conteúdo diferente do que está exposto na página.
Ou seja, o Googlebot terá acesso a um conteúdo que não desqualifica a página, mantendo-a no topo. Enquanto o usuário irá se deparar com um conteúdo indesejado, não procurado por ele. O Cloacking é considerado uma das técnicas de Black Hat mais graves e é passível de banimento definitivo.
Doorway Pages
A principal característica do Doorway Pages é o uso de palavras-chave otimizadas para manter a página bem posicionada. Até aí, não vemos problema, mas acontece que, quando clicamos, um código em JavaScript ou meta refresh tag (utilitário que redireciona páginas da Web) faz um redirecionamento do usuário a outra página.
Por exemplo, se você procura por “secador de cabelo”, um dos, ou até o primeiro resultado, pode oferecer-lhe palavras-chave condizentes com aquilo que você está buscando. Porém, quando o usuário clica no resultado, é redirecionado automaticamente a uma página de download de malware (softwares maliciosos). Nem precisamos dizer que a punição para esse tipo de Black Hat também é severa.
Bom, nem tudo é tão irregular assim, portanto, temos aqueles usuários que vivem na corda bamba entre o proibido e o permitido. Entenda, a seguir, o que é o Gray Hat.
Os 50 tons de cinza do SEO
Já explicamos o que é o Black Hat, como os robôs do Google rastreiam esse tipo de técnica e as consequências que ele traz para os usuários. Então, chegamos ao Gray Hat (chapéu cinza), que são as técnicas que prezam pelo correto, mas que, ao mesmo tempo, flertam com o que é proibido, por isso são bastante duvidosas. Elas são muito famosas por garantir um resultado mais rápido, mas sempre há o risco de ir longe demais.
Resumindo, o Gray Hat é a mistura de Black Hat com White Hat (que veremos a seguir). A diferença entre o chapéu preto e o cinza é, basicamente, a quantidade e a continuidade das técnicas utilizadas, ou seja, quem opta por rankear seu site com artifícios proibidos, usa-os em demasia e por um longo período de tempo; enquanto que o Gray Hat é usado com cautela, de maneira mais imperceptível e por muito pouco tempo, tentando dificultar o risco de punições por parte do Google.
Mas, vale lembrar que, mesmo que sejam raras, as consequências para quem escolhe andar nessa corda bamba existem e podem custar um pouquinho caro.
Devo confiar no Gray Hat?
Esta pergunta você deve fazer a si mesmo. Faça um estudo mais aprofundado, entenda a importância de seguir as regras, realize uma análise autocrítica e veja se vale mesmo a pena. Nosso conselho é que o seu site deve ser pensado para os usuários, e não para os buscadores.
Uma coisa é certa: técnicas de Black e Gray Hat podem lhe ajudar com resultados mais instantâneos, mas apenas manobras de SEO bem feitas levam ao rankeamento desejado, sem risco para seu site e sem punições, mesmo que seja no longo prazo. Para isso, existe o White Hat, o mocinho do Universo SEO!
Coloque seu White Hat, pegue seu sabre de luz e alcance o topo!
Para existir o lado negro da força, é necessário que haja um oposto. Em SEO, o salvador da pátria é o White Hat (chapéu branco), último, mas não menos importante, do trio. Ele reúne diversas táticas inteligentes que podem render ao seu site boas posições no Google, obtendo o sucesso desejado, sem riscos de penalidade.
Outra grande vantagem das técnicas de White Hat é que elas não têm prazo de validade, ou seja, você não precisa ficar com medo de ser descoberto a qualquer momento, o que acontece muito com quem opta pelo Black Hat.
Entretanto, a concorrência na internet existe e, dependendo do nicho, ela é bem grande. Não é porque você escolhe agir dentro da ética que o seu site vai ter o melhor rankeamento de forma mais rápida, mas, acredite, com esforço e um pouco de paciência, é possível!
Conteúdo: a base de um bom SEO
Um dos maiores princípios no marketing é que o bom produto faz com que sua venda seja infinitamente mais fácil. Com seu conteúdo acontece o mesmo: bole uma estratégia que se baseie no que as pessoas querem ler, em como elas querem ler e como elas terão acesso a isso. Considerando esses três pontos antes de começar a produzir o seu conteúdo, já é meio caminho andado para alcançar bons posicionamentos.
Além disso, sabemos que uma base de fãs para o seu blog é construída através de artigos de qualidade e informativos. Isso faz com que as pessoas entrem regularmente em sua página em busca de novos conteúdos, até tornarem-se seguidores fiéis.
Porém, não devemos esquecer que o público é o mais importante e sempre deve ser o foco. Não adianta escrever que nem Machado de Assis se não houver divulgação ou se ela for mínima ou problemática, assemelhando-se aos spams que ninguém gosta de receber. Um marketing de qualidade ajuda a passar a credibilidade necessária para atrair o público desejado.
Concluindo: esforce-se para oferecer o melhor conteúdo aos seus leitores (nem preciso dizer que ele deve ser original), sempre focando em informações pelas quais seu público-alvo se interessa, sem deixar de lado as boas práticas de SEO para divulgação.
As principais dicas de SEO White Hat
Para facilitar um pouco a sua vida, vamos dar algumas dicas básicas de técnicas de SEO que não representam nenhum perigo e ajudam a melhorar o seu rankeamento.
Otimize seus títulos
Muitos se preocupam apenas com o recheio do texto, mas o título também é muito importante e deve condizer com o que as pessoas têm procurado sobre determinado tema e que influenciam diretamente no posicionamento. Sugerimos a pesquisa prévia sobre a pauta em fóruns on-line, no Twitter e até mesmo no Yahoo! Respostas, pois é uma forma de entender o que, de fato, os usuários querem saber sobre o que você pretende escrever.
As palavras-chave também devem ser otimizadas
As palavras-chave, ou keywords, devem ser usadas seguindo determinada lógica. Não utilize termos difíceis ou pouco procurados e também tome cuidado para não atrair um público não qualificado para o seu site.
Por exemplo, você tem uma página sobre corporativismo e quer escrever um texto sobre recursos humanos. Se optar para colocar como palavra-chave foco desse texto apenas “recursos humanos”, é provável que o seu conteúdo vá atrair pessoas que se interessam por ele, mas também será encontrado por usuários que buscam informações sobre o curso de graduação em RH, entre outros. Pensando em segmentar melhor, a palavra-chave mais recomendada seria “gestão de recursos humanos”.
Atenção às URLs
Também é de extrema importância construir bem as URLs, incluindo as palavras-chave dentro delas, pois influenciam na memorização do internauta. É bem mais fácil lembrar de uma URL amigável como urlamigavel.com.br/texto-legal do que urlamigavel.com.br/?p=16846, concorda? Deve-se evitar os códigos, já que eles não se inserem nos critérios de busca.
Tecnologia
Falamos exaustivamente sobre como deixar o seu conteúdo mais otimizado em SEO, mas o nosso querido Search Engine Optimization não se baseia apenas nisso. Não adianta ter um texto bacana, com uma URL amigável e keywords contextualizadas se o seu site não carrega direito e tem alguns problemas. Para evitar esse tipo de dor de cabeça, é preciso ficar atento a alguns fatores importantíssimos que também ajudam a compor um bom SEO.
Usabilidade
Seu site precisa oferecer uma experiência de navegação satisfatória aos usuários, sem nenhum tipo de dificuldade. Para isso, recomendamos que o seu foco seja o fácil acesso ao conteúdo e, em alguns casos, aos botões de conversão. Também é sempre bom pensar na acessibilidade de sua página, permitindo que pessoas com algum tipo de deficiência sejam devidamente assistidas. Uma boa forma de garantir isso é otimizar o Title das imagens, pois ele representa um curto trecho do texto exibido quando repousamos o mouse sobre a imagem e ele é lido por programas que ajudam na navegação de pessoas cegas ou deficientes visuais.
Arquitetura da informação
Quando determinado site está bem estruturado no que tange aos ambientes de informação, a usabilidade e, consequentemente, a experiência dos usuários se torna bem mais satisfatória. Para isso, o layout precisa ser pensado cuidadosamente, e é sempre bom já ter em mente quantas páginas o site terá, a hierarquia delas, as palavras-chaves utilizadas, os conteúdos e a disposição estratégica deles. Além disso, recomendamos aplicação de testes A/B para ajudar a definir qual é o layout mais amigável ao usuário.
Velocidade do carregamento
Quem está on-line não quer esperar muito para chegar a determinada informação, então, se o seu site tem um carregamento muito lento, é provável que você perca acessos e rankeamento. Além de ajudar na usabilidade, um site mais clean, com imagens otimizadas para web (atenção ao tamanho delas!) e que prioriza o necessário para o internauta, garante um carregamento mais veloz.
Responsividade
Os smartphones e tablets já dominaram o mundo e, na maioria das vezes, as pessoas só acessam a internet através do seu dispositivo mobile. Por isso, é essencial criar uma versão responsiva bem projetada para o seu site, pois melhora a experiência do seu público, aumentando a probabilidade de conquistá-lo.
Escolha o seu lado!
Todas as técnicas, de Black, Gray ou White Hat, dão resultados, mas é importante pensar nas consequências que elas trazem para o seu site, que podem ser irreversíveis. Então, mesmo que demande um pouco mais de tempo e de esforço, opte pelo chapéu branco. Lembre-se: os vilões podem ser bem mais legais que os mocinhos no cinema, mas no mundo on-line a realidade é bem diferente!
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Imagens por: Nayara Dornelas
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